Morreu a duquesa de Alba, a aristocrata do lema "vive e deixa viver"

A duquesa de Alba faleceu, esta madrugada, no palácio das Dueñas, em Sevilha. Oito meses após completar 88 anos, a mais titulada dos nobres mundiais sucumbiu à doença.

Mundo

20 NOV '14
Tempo de leitura: 3 min

María del Rosario Cayetana Victoria Alfonsa Fitz-James Stuart e de Silva, duquesa de Alba e duquesa de Berwick, era a terceira mulher a dirigir a Casa de Alba, com mais de 500 anos de história. Era detentora de 49 títulos nobiliárquicos.

 

Conhecida pela rebeldia, a duquesa de Alba casara, em 2011, com Alfonso Diez, 24 anos mais novo, num enlace que suscitou grande polémica. A aristocrata imparável e "lutadora", como a própria se defina, tinha como lema de vida fazer o que lhe apetecia. Morreu em casa, acompanhada pelo marido e pelos filhos.

 

Amigos da duquesa chegaram à casa durante o final da tarde de quarta-feira, tendo visitado também o palácio o sacerdote Ignacio Sánchez-Dalpo, amigo e confessor da duquesa.

 

María del Rosario Cayetana Fitz-James Stuart y Silva, mais conhecida como duquesa de Alba, de 88 anos, era descendente direta do rei Jaime II de Inglaterra.

 

Apesar da linha descendente da duquesa espanhola ser de um filho ilegítimo e bastardo, Jacobo Fitz-James Stuart, Cayetana é considerada uma descendente dos Stuart, a principal casa real escocesa.

 

Uma das figuras mais reconhecidas da nobreza e do "jet-set" espanhol, Cayetana sempre foi distinguida pela forma como se relacionava com os cidadãos de Sevilha e do resto de Espanha, seguindo um mote que ela própria defendia: "viver e deixar viver".

 

Considerada uma mulher adiantada ao seu tempo, a afilhada de Afonso XIII converteu-se na XVIII duquesa de Alba depois da morte do pai, dedicando grande parte da sua vida à manutenção e conservação do património da Casa de Alba.

 

Tinha um património avaliado em cerca de três mil milhões de euros - segundo a revista Forbes - que inclui palácios, castelos, campos e terrenos agrícolas, investimentos em bolsa, obras de arte e outros bens.

 

Monárquica e defensora da Coroa, amiga de Juan Carlos e Sofia e "contente" com a chegada de Felipe VI ao trono, a duquesa sempre foi uma mulher apaixonada pela vida.

 

Teve seis filhos com o seu primeiro marido, Luis Martinez de Irujo, casou-se depois com o jesuíta Jesus Aguirre - num casamento que suscitou muitas conversas na alta sociedade pelas "atrevidas" poses fotográficas - e, finalmente, com Alfonso Diez, em 2011.

 

"Sempre consegui tudo o que me propus, à base de lutar por isso", disse a duquesa, na altura do último casamento.

 

Com a morte de Cayetana de Alba desaparece uma mulher que representa uma época sem precedentes, com figuras de grande relevo histórico, adiantam os órgãos de comunicação social espanhóis.

 

Em criança brincou com a rainha Isabel II de Inglaterra, conheceu Churchill, Onassis e os Kennedy e recebeu em sua casa atrizes como Sofia Loren, Claudia Cardinale e Audrey Hepburn.

 

Cayetana de Alba disse sempre ter tido uma vida "vivida com intensidade, como se não houvesse amanhã, gozando sempre o máximo".

 

"Tudo o que faço me dá vida", disse, numa das suas últimas entrevistas.

 

Fonte: JN

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