Jihadistas fazem mulheres e crianças yazidis escravas
O Estado Islâmico ofereceu como recompensa de guerra aos seus combatentes mulheres e crianças yazidis capturadas no norte do Iraque, vangloriando-se de ter resgatado a escravidão.
Na última edição da revista de propaganda dos jihadistas "Dabiq", o Estado Islâmico admite pela primeira vez ter e vender os Yazidis como escravos, escreve a AFP. Milhares de yazidis, minoria que vivia no norte o Iraque até há quatro meses, foram expulsos da região pela ofensiva do Estado Islâmico.
Responsáveis yazidis e organizações de defesa dos direitos do Homem fizeram soar o alarme em agosto, afirmando que a pequena comunidade estava sob a ameaça de genocídio, esta, aliás, uma das razões invocadas por Washington para a intervenção aérea contra o Estado Islâmico.
Na altura, milhares de yazidis ficaram encurralados, durante dias, no cimo dos montes Sinjar, enquanto outros foram massacrados. Centenas de mulheres e de crianças desapareceram o e seu paradeiro continua a ser desconhecido. "Após a captura, as mulheres e as crianças yazidis foram distribuídas pelos combatentes do Estado Islâmico", afirma o artigo da "Dabiq", intitulado "O renascimento da escravatura".
Esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco assegurou ainda não haver decisão quanto à utilização de bases aéreas turcas pelas forças internacionais, contrariando o responsável norte-americano que disse já haver luz verde de Ancara.