Investigador português descobre como retardar envelhecimento da coluna

O envelhecimento da coluna é uma das principais causas do aparecimento de dor de costas.

País

03 SET '21
Tempo de leitura: 3 min
Um investigador da Universidade do Minho (UMinho) descobriu um tratamento que retarda o envelhecimento dos discos da coluna vertebral, uma das principais causas do aparecimento de dor de costas, foi hoje anunciado.
 
Em comunicado, o investigador e médico da UMinho Emanuel Novais explica que em causa está um tratamento com “drogas senolíticas”, que faz com que as células boas permaneçam e as “más” sejam eliminadas, acabando por atrasar a degeneração dos “discos”.

 

Para Emanuel Novais, as soluções e tratamentos atualmente disponíveis são “ainda escassos e nem sempre com os melhores resultados”.

 

“As soluções que temos disponíveis são a redução da dor com analgésicos ou, em casos mais graves, a intervenção cirúrgica. Ou seja, não há nenhum medicamento que possa impedir a evolução da doença e ser uma solução terapêutica”, refere.

 

O investigador, durante a sua tese de doutoramento e através de uma investigação na Universidade Thomas Jefferson (EUA), resolveu explorar diferentes formas de aliviar a degeneração do disco intervertebral.

 

Segundo diz, este foi o primeiro estudo a realizar um tratamento de longa duração com drogas senolíticas em ratinhos.

 

“Os resultados indicam que os animais tratados com estas drogas apresentam menor grau de degeneração do disco intervertebral com o envelhecimento. Além disto, tiveram melhorias significativas a nível da força muscular, inflamação no sangue e qualidade do osso. Por último, não observamos efeitos secundários que nos alertem para a falta de segurança no uso destas drogas”, afirma.

 

Para Emanuel Novais, a “grande chave” do projeto foram os fármacos senolíticos, mais especificamente um cocktail de duas substâncias (Dasatinibe e Quercetina), que permitiram remover e diminuir as células senescentes no disco e, desta forma, reduzir o stresse que estas células induziam localmente.

 

“Ou seja, ao fazer com que as células boas permaneçam e as ‘más’ sejam eliminadas, acabamos por atrasar a degeneração do disco”, acrescenta.

 

Emanuel Novais finalizou recentemente a sua tese de doutoramento, em que este trabalho também se enquadra, fruto do MD/PhD, um programa em que estudantes de Medicina da Universidade do Minho podem fazer uma pausa no curso e tirar um doutoramento em duas universidades estado-unidenses (Thomas Jefferson e Columbia), podendo terminar o curso como médicos e doutorados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

c/Lusa

tags: Saúde , Universidade do Minho , Investigação , Nacional

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