Liga vai punir ofensas por orientação sexual e de género
Para além do play-off de subidas a partir da próxima época, e da Taça da Liga a oito e das cinco substituições em 2020/21, a Liga de Clubes aprovou, esta terça-feira, alterações a nível disciplinar.
Esta medida é válida para todos os agentes envolvidos nos jogos de futebol, desde jogadores a público, e estas ofensas passam a estar equiparadas aos comportamentos racistas, o que afetará as sanções relacionadas com o comportamento do público, sendo que esta medida está relacionada com a entrada em vigor das alterações à lei contra a violência no desporto (lei n.º39/2009).
As sanções devido ao comportamento do público também sofreram alterações e passa a haver a possibilidade de interditar temporariamente uma parte ou setor do estádio, em vez de todo o recinto.
Ficou também definido os procedimentos a aplicar caso se verifiquem nos estádios casos de racismo, estabelecendo-se que o árbitro dará nota disso aos delegados da Liga, dando-lhes conhecimento dos procedimentos do speaker fazer até dois avisos no estádio, espaçados por cinco minutos e no segundo já com os jogadores no balneário, e, caso se mantenham os atos de racismo, xenofobia e intolerância, será evacuado o estádio ou a zona onde os atos são praticados.
Ainda no que diz respeito às mudanças no Regulamento de Disciplina, os clubes aprovaram multas quatro vezes mais pesadas para os atrasos no início ou reatamento, após intervalo, das partidas que começarem à mesma hora.
Se esta conduta for provocada dolosamente, com a intenção de causar prejuízos a terceiros, os clubes serão sancionados com a pena de derrota.
Foi, igualmente, definido que os clubes que permitam a exibição de faixas, que promovam ou consintam comportamentos discriminatórios, passam a ser punidos com dois a cinco jogos à porta fechada.
Ainda em relação ao público, Sónia Carneiro, diretora executiva da Liga de Clubes mostrou vontade de que, já no início da próxima época, possa haver assistência nas bancadas dos estádios das competições profissionais.
"Todos percebemos, nos últimos 10 jogos [da Liga], que o publico é o coração deste jogo. Foi triste ver as bancadas vazias. Já pedimos uma reunião com a DGS para abordar, de novo, este assunto. Queremos ter um tratamento idêntico ao de outros espetáculos e começar, paulatinamente, a ter publico nos estádios, a partir do pontapé de saída da próxima época", disse a dirigente.
Fonte: JN