Novo vírus contagioso chinês chegou a Taiwan

Novo tipo de pneumonia chinesa mata pelo menos seis pessoas. Primeiro caso em Taiwan.

País

21 JAN '20
Tempo de leitura: 6 min

Pelo menos 15 membros das equipas médicas foram também infectados. Foi identificado o primeiro caso em Taiwan. Conheça alguns cuidados a ter.

 

 

O número de vítimas mortais da nova forma de pneumonia identificada em Wuhan, no centro da China, voltou a aumentar. São agora seis as vítimas mortais depois de, nesta terça-feira, ter sido confirmada a morte de mais três pessoas, entre elas, um homem de 89 anos, residente naquela que se pensa ser a cidade de origem do surto — Wuhan.

 

 

De acordo com os números apresentados pela comissão nacional de saúde e citados pela BBC, mais de 300 pessoas estão infectadas com o novo vírus um pouco por toda a China. Apesar disso, uma equipa de cientistas britânicos, do centro de investigação do Imperial College de Londres, estima que possa existir um “total de 1723 casos” de pessoas infectadas.

 

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a considerar uma declaração de emergência de saúde pública internacional – como aconteceu com a gripe suína e com o ébola –, mas a decisão só vai ser tomada nesta quarta-feira, depois de uma reunião de emergência para “perceber que recomendações devem ser dadas para gerir” o vírus.

 

 

Alguns dos primeiros infectados, detectados no final de 2019, trabalhavam num mercado de peixe em Wuhan. Para além do peixe e marisco, vendia-se ali animais vivos – como pássaros, coelhos ou cobras. O mercado está fechado desde o início de Janeiro para desinfecção.

 

 

Na Austrália, um homem que chegou vindo de Wuhan foi colocado em isolamento e está a ser testado, depois de lhe terem sido identificados sintomas semelhantes ao do novo coronavírus — como dificuldades respiratórias ou febre. Como resposta, o Governo australiano disse que ia apertar as medidas de biossegurança nos voos vindos de Wuhan — há três voos semanais directos entre Sidney e aquela cidade chinesa.

 

 

Os efeitos dessa medida podem ser limitados: “Não se pode prevenir de forma absoluta a disseminação de uma doença neste país. O período de incubação deve rondar uma semana”, disse o responsável de saúde do Governo australiano, Brendan Murphy, citado pela Reuters. “Temos de identificar os passageiros com alto risco e ter a certeza que esses passageiros recebem cuidados médicos.

 

 

As autoridades de vários países, como Singapura, Hong Kong, Taiwan e Japão apertaram as medidas sanitárias aplicadas aos passageiros vindos de Wuhan. Na semana passada, os EUA já tinham anunciado medidas semelhantes nos aeroportos de São Francisco, Los Angeles e Nova Iorque.

 

 

O grande movimento de pessoas de e para a China durante o ano novo lunar (que se celebra a 25 de Janeiro) pode dificultar o trabalho de monitorização das autoridades, o que pode significar que muitos casos ficam por detectar. O perigo de contágio pode aumentar, alertam as autoridades.

 

O Presidente chinês, Xi Jinping, garantiu, no entanto, que se farão “todos os esforços” para controlar o surto e salvar vidas, numa altura em que milhões de chineses viajam por todo o país para celebrar o Ano Novo. “A vida e saúde das pessoas devem ser a grande prioridade e a disseminação do surto tem de ser controlado”, afirmou Xi Jinping em declarações​ à televisão estatal na segunda-feira.

 

 

O que se sabe sobre o vírus?

O vírus, apelidado pela OMS como 2019-nCoV, é uma forma de coronavírus que ainda não tinha sido observada em humanos. Os sintomas mais comuns incluem febre, tosse e dificuldades respiratórias. Em casos mais graves a infecção pode causar pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, falha renal ou até a morte, de acordo com a OMS.

Os coronavírus são “transmitidos entre animais e humanos”. “Investigações detalhadas mostraram que o SARS-CoV foi transmitido entre gatos-civeta e humanos e o MERS-CoV de camelos dromedários para humanos”, explica a OMS.

 

As recomendações da OMS para conter este novo surto incluem:

 

- lavar as mãos regularmente;

- tapar a boca e o nariz quando se tosse ou espirra;

- evitar o contacto “não necessário e desprotegido” com animais;

- cozinhar bem a carne e os ovos;

- evitar o contacto com todos os que apresentem sintomas de doença respiratória, como tosse ou espirros.

 

 

As comparações com a síndrome respiratória aguda grave (mais conhecida como SARS) são quase inevitáveis e saem fortalecidas depois da análise ao genoma deste novo coronavírus, que demonstrou ser mais semelhante à SARS do que a qualquer outro coronavírus. O último surto de SARS começou no Sul da China e foram registados mais de oito mil casos em todo o mundo. Cerca de 800 pessoas morreram entre 2002 e 2003.

 

O facto de o Governo chinês a ter escondido, num primeiro momento, tornou-a ainda mais mortífera. Desde 2004 que não há registo de nenhum novo caso a nível mundial e a comunidade médica considera a SARS erradicada. Os sintomas de SARS são comuns a outras infecções respiratórias virais: febre, calafrios, dores musculares, tosse e dificuldades respiratórias.

 

 

 

Fonte: "Público"

tags: Mundo , Sociedade , Doença

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