A SIC ontem fez uma grande reportagem sobre o amianto. A peça jornalística fez menção a uma doença chamada mesotelioma, um cancro da pleura que afeta pessoas que estiveram em contacto prolongado com aquele material de construção.

 

O amianto está ainda presente em milhares de habitações e edifícios em Portugal, entre os quais escolas.

 

Santo Tirso, é uma excepção. O município há sensivelmente 4 anos decidiu remover toda este material cancerígeno das suas unidades escolares. Este material provoca a morte de cerca de 100 mil pessoas anualmente em todo o mundo e foi inclusivamente proibido produzir e comercializar a partir de 2005 na União Europeia.

 

Em 2014 a Câmara Municipal de Santo Tirso investiu mesmo em torno de 400 mil euros para remoção de todas as coberturas com amianto nas escolas da sua tutela. Ao todo eram 8 unidades do 1º ciclo e do pré-escolar.

 

Em declarações à comunicação social, o presidente da Câmara, Joaquim Couto afirmou na altura, que “não temos situações muito graves, mas este é um imperativo e a Câmara Municipal vai assumir as suas responsabilidades”. Desta forma, todas as placas com amianto nos telhados foram substituídas por painéis de chapa ‘sandwich’.

 

“Este tipo de cobertura, além de cumprir a função impermeabilizante, melhorará significativamente o comportamento térmico e eficiência energética dos edifícios”, teceu Joaquim Couto.

 

Para o presidente tratou-se de “uma questão de saúde pública e, por isso, nem sequer se questiona a necessidade deste investimento”.

 

 

 

 

 

 

As intervenções decorreram nas seguintes escolas: EB1 de Areias, EB1/JI de Bom Nome, na freguesia de Vila das Aves, EB1/JI de Quinchães, na freguesia de Monte Córdova, EB1/JI do Olival, na freguesia de S. Mamede de Negrelos, EB1/JI de S. Martinho do Campo, EB1/JI de Paradela, na freguesia de Vilarinho, EB1/JI do Foral, freguesia de Santo Tirso, JI do Centro Escolar de S. Miguel do Couto.

 

Ao todo, foram abrangidos por estas intervenções 888 alunos, 660 do 1º Ciclo 228 do pré-escolar.

 

O amianto, contudo, está ainda presente em diversos edifícios no país, em comboios, em navios, em condutas, em depósitos de água, em caldeiras de aquecimento, isolamentos térmicos e acústicos e principalmente em telhados de casas, de fábricas, de hospitais, museus e tribunais.

 

Todas as pessoas que habitem em habitações que contenham este material prejudicial para a saúde são aconselhadas a removê-lo e trocá-lo.