Se passa algum tempo no facebook, é capaz de já ter reparado no desafio #tenyearschallenge. Um desafio que compara, através de fotografias colocadas lado a lado, a evolução de uma pessoa durante dez anos. Porém, o que pensa ser uma brincadeira inocente, pode, por vezes, ser uma forma de recolha de dados e, neste caso em concreto, os seus.

Kate O’Neill – especialista em estratégias digitais – mostra alguma preocupação em como milhões de imagens possam estar a ser usadas em favor das empresas de tecnologia. Estas têm vindo a evoluir os seus sistemas de reconhecimento facial a uma velocidade muito rápida.

Desta forma, a especialista norte americana, defende que só o facto de estar a ser colocado o indicador de idade, pode fazer com que a progressão do envelhecimento, seja mais fácil de ser detetada. Isto porque, estes dados, podem estar a ser coletados para posteriormente conseguirem fazer publicidade dirigida, conseguindo assim, oferecer produtos com base na idade ou em outras aparências físicas.

Depois dos comentários recentes de Kate O’Neill, o facebook já veio desmarcar-se de qualquer envolvimento no caso, explicando que o desafio teve origem num utilizador, que foi crescendo de forma autónoma. Realçando ainda que, a qualquer momento o utilizador pode desativar a opção de reconhecimento facial.

Mas nem tudo é necessariamente mau. Apesar de todos estes factos, o desafio pode ser útil no reconhecimento de crianças desaparecidas. A tecnologia de reconhecimento facial, quanto mais apurada estiver, mais fácil é o cálculo de como as pessoas estão a envelhecer.

Kate O’Neill recomenda máxima preacaução em relação ao conteúdo e informações que se coloca nas redes sociais. “Nossos dados são o combustível que torna as empresas mais inteligentes e mais lucrativas”.