Nas civilizações antigas, as sandálias eram o principal tipo de calçado. Quando um anfitrião recebia um hóspede em casa, para além de se curvar e beijar, fornecia sempre uma vasilha com água e um servo para lavar-lhe os pés. Este é um costume que aparece várias vezes referenciado no Antigo Testamento e também noutros documentos históricos e religiosos.

Conforme a Bíblia, a lavagem dos pés de santos era praticada pela igreja antiga, traduzindo-se num sinal de piedade, submissão ou humildade.

Durante a “Última Ceia”, Jesus Cristo lavou os pés aos seus discípulos de forma a ficarem limpos e purificados. No entanto, sabia que Judas o tinha traído, proferindo a frase “Vós estais limpos, mas não todos”.

Este tipo de costume é descrito também quando o Messias visitou a casa de um Fariseu que não providenciou água para a lavagem dos pés no episódio conhecido como “Parábola dos Dois Devedores”.

Na Igreja Católica Romana, o ritual da lavagem dos pés é atualmente associada com a Missa da Última Ceia, que celebra de maneira especial a Última Ceia de Jesus, na Quinta-Feira Santa. A prática deste dia remonta ao século XII, quando o papa lavou o pé de doze subdiáconos após sua missa e de treze pessoas pobres após sua ceia.