O balanço foi feito em Vale Pisão na freguesia de Água de Longa. No exercício de retrospectiva do primeiro ano do presente mandato, Joaquim Couto, frisou aquilo que considerou serem os resultados positivos da governação do seu executivo.

 

O líder da autarquia salientou que a educação, saúde, investimento, juventude, obras, ambiente e sustentabilidade têm sido as suas grandes prioridades. “Os resultados estão à vista”, assegura, prosseguindo, “Santo Tirso vai continuar a mudar”.

 

“Há um extenso rol de medidas e projetos já implementados que são do conhecimento público. Desde as políticas de educação alimentar, às consultas de medicina dentária, ao ciclismo vai à escola, ao plano municipal de desporto adaptado, à promoção do uso da bicicleta, ao desenvolvimento das competências digitais, à diminuição do desemprego e captação de novo investimento, às obras de saneamento, no parque habitacional da Câmara, nos edifícios das escolas, nas ruas ou nos parques. Temos trabalho feito em todas as áreas ao fim de um ano de mandato”, enumerou o presidente da autarquia, mostrando-se contente com o quanto conseguiu levar a cabo apenas no seu primeiro ano deste novo mandato.

 

No decorrer da conferência de imprensa de ontem, o presidente mencionou as obras que já foram inauguradas desde que é presidente, como a Via Panorâmica, a requalificação da entrada da cidade – Rotunda de Timor Lorosae ao Juncal –, a beneficiação da Avenida Abade Pedrosa e Rua do Bacelo, em S. Miguel do Couto, a intervenção na ponte Espírito Santo, entre Vila das Aves e S. Tomé de Negrelos, ou as ruas em terra que foram pavimentadas em Vilarinho, o Canil/Gatil Municipal que se encontra a funcionar, ou os milhões que têm sido investidos no parque escolar do concelho.

 

No que concerne às obras em curso, o presidente da Câmara recordou ainda as intervenções que estão a acontecer no edifício que futuramente servirá de sede ao Tribunal do Comércio, na Avenida Manuel Dias Machado, em Vila Nova do Campo, na ligação do cemitério de Vilarinho a Paradela e no Parque Urbano de Geão”.

 

Mas este não foi um exercício orçamentado assente apenas em obras. Antes pelo contrário, afirmou Joaquim Couto, que salientou as fortes preocupações sociais do executivo.

 

“No mandato anterior nós tínhamos fixado como meta 40% de “betão” na expressão mais simples, e porventura mais genérica, em ruas, em obras, em edifícios, em água, em esgotos, e tínhamos fixado que cerca de 60% na coesão social. E o que é isso da coesão social? Era um conjunto de medidas que tomámos na altura, até porque o país passava uma fase muito difícil, algumas definitivas, outras mais transitórias e que ajudaram obviamente à sustentabilidade familiar e empresarial do nosso município e que acabaram por dar efeitos francamente positivos no desenvolvimento do concelho e na qualidade de vida das pessoas”

 

Joaquim Couto relembrou algumas medidas que vêm sendo alinhavadas com a sua retórica desde o seu primeiro mandato quando regressou para a Câmara. A Saúde, aí, esteve em primeiro plano. “Tomamos várias medidas de defesa do nosso hospital  (…). A Câmara Municipal tomou em mãos a defesa pública do Hospital de Santo Tirso, impedindo que fosse privatizado, como queria o Governo anterior e como ainda quer o principal partido da oposição”.

 

“Lançamos um programa vasto de alimentação saudável em colaboração com o Governo, com o Ministério da Saúde, no sentido de, ao fim de uma geração, termos uma saúde da população francamente melhor do que aquela que temos atualmente. O objetivo é que as crianças nas escolas todas aprendam a comer de modo saudável, alterar hábitos alimentares para toda a família. Não é uma política para amanhã. É uma política de médio/longo prazo em colaboração com o Governo para que daqui a 10 anos” baixe o nível e a percentagem “de doenças crónicas que são neste momento de 85% geral na população”.

 

A equidade é também um dos factores mais importantes na governação de Joaquim Couto. O Presidente quer que o Parque Habitacional da Câmara tenha condições dignas tais como todas as casas normais. “Não faz sentido… Não há razão nenhuma para que não tenham exactamente a mesma qualidade de todo o parque habitacional que existe no concelho”, disse, antes de fazer antever a sua requalificação.

 

“Continuamos com o subsídio social de arrendamento, que é um amortecedor social que poucos municípios no país têm. O município de Santo Tirso foi pioneiro há cerca de 25 anos”, tece.

 

“A educação para nós tem sido uma paixão. Porque à semelhança do que falei sobre a alimentação, o investimento nesta área não é despesa… é um investimento - É um investimento de médio/longo prazo - É pelo conhecimento, pela formação profissional, pela transmissão da ligação às empresas com o conhecimento, com os meios científicos que o país avança, e daí a nossa aposta, o nosso forte investimento nos últimos anos”, reitera.

 

“Tivemos um investimento de cerca de 5 milhões de euros, quer em instalações, quer num conjunto de medidas imateriais, como as bolsas de estudo, como o pagamento dos transportes escolares no 10º, 11º e 12º, o pagamento do material escolar, um conjunto de apoio às associações de pais, os lanches escolares, a alimentação controlada por nutricionistas das nossas cantinas”, prossegue.

 

“Neste momento, temos já 30 bolsas para o ensino superior. Apoiamos alunos de excelência no exterior em vários países da Europa. Estamos a levar o ciclismo às escolas, porque 50% das crianças não sabem andar de bicicleta e, se nós queremos mobilidade suave e transportes não poluidores, temos que ensinar as crianças a andar de bicicleta”.

 

As obras nas escolas da tutela do concelho são um ponto fulcral nesta visão do executivo que quer oferecer às crianças as melhores condições pedagógicas possíveis.

 

“As escolas do Bom Nome, São Bento da Batalha, a Escola do Foral, Escola de Merouços, Escola de Cantim da Reguenga, Escola Básica de São Martinho do Campo, Escola Básica do Ave, Escola Básica de Santo Tirso, todas estas escolas foram objecto de requalificações que concretizam de alguma maneira a nossa paixão pela Educação”, afirma.

 

"Reparem que, por exemplo, o ISEP tem cá a funcionar uma turma do ensino superior e já quer montar três. Estamos a dialogar com eles para ver se conseguimos rapidamente concretizar esse objetivo”

 

E, de acordo com o edil, quem pensa em Educação, pensa também em Desporto.

 

“No desporto nós desenvolvemos um amplo programa de Desporto Adaptado, que não existia. Iniciámos o Boccia Sénior. Estamos a requalificar finalmente o Pavilhão Municipal que tinha uma série de deficiências e que está a ser requalificado. Estamos a requalificar todos os espaços desportivos”,  dando o exemplo da piscina municipal.

 

“Temos uma política desportiva de massificação, fazendo com que o desporto faça parte da vida de todos, e por isso é que há um conjunto vasto de modalidades que apoiamos”.

 

O presidente da Câmara prossegue: “A Juventude merece-nos obviamente uma atenção muito especial, porque serão os nossos substitutos no futuro. Estamos a desenvolver um banco municipal de voluntariado. Estamos a desenvolver o projeto da Casa da Juventude que esperamos concretizar no próximo ano, e temos aquilo que é a ‘menina dos nossos olhos’ que é o Orçamento Participativo Jovem que está a funcionar desde 2014. Já vamos no quinto Orçamento Participativo. Cada Orçamento Participativo tem um orçamento de cerca de 100 a 120 mil euros, e portanto, se vamos no quinto, estamos a falar de mais de meio milhão de euros despendidos”.

 

 

 

CULTURA

 

“Quanto à Cultura nós ainda há dias estivemos reunidos para repensar a Cultura em várias vertentes. A Cultura, para nós, é a fonte de todo o desenvolvimento. É a partir da Cultura que todos os outros derivam, mesmo a Economia, e o que estamos a fazer? Concretizamos o Mercado Nazareno, o Festival Internacional de Guitarra, as Festas de São Bento. Tentamos ter vários programas diversificados para a Cultura e para todos os públicos… para os mais jovens e para os mais velhos, desde os Ranchos Folclóricos até às atividades tirsenses, ou ao Cinema, ou ao Rock, ou à Música Clássica. Temos um conjunto de eventos diversificados e estamos agora nesta fase a consolidar aqueles que se revelaram os mais importantes, com maior público e com maior aprovação por parte da população em geral”.

 

“Estamos finalmente, após um processo complicado, a iniciar o Centro de Arte Alberto Carneiro que esteve entupido por causa da legislação (…) mas finalmente isso está  resolvido. Vamos, penso que dentro de um mês, ver a obra recomeçar.”

 

“Estamos também a fazer um programa que apresentarei brevemente: o restyling da fachada do Cineteatro, o arranjo daquela praça entre o Tribunal e o Cinema e a ligação à outra praça, cujo jardim irá desaparecer (…) e, portanto, as duas pracetas vão ficar ligadas com possibilidade de fruição das pessoas muito mais facilitada”.

 

“No investimento, digo com algum orgulho que conseguimos, de facto, nos últimos dois anos, sobretudo este ano, atingir níveis que muitos de nós provavelmente nem se pensava atingir: diminuir o desemprego à escala às taxas que se conhecem, pôr o Invest Santo Tirso a funcionar a tempo inteiro, e quando digo a tempo inteiro, digo a 100%, a captar investimento, a dar informação, a montar o “Go Business”, a georreferenciar, contactar com os investidores, com as câmaras do comércio, com as embaixadas, com as associações empresariais. Criamos recentemente o conselho empresarial municipal com um pacote agressivo de incentivos ao investimento”, informa.  

 

“Ter em 2017 exportações na ordem dos 650 milhões... Ter neste momento investimento de 150 milhões de euros privado já aprovado (…) todos esses investimentos espalham-se por todas as partes do concelho”.

 

O atual executivo quer apostar num crescimento económico que consiga coabitar com a sustentabilidade e medidas sanitárias e ecológicas. “Investimos cerca de 4 milhões de euros em esgotos no mandato anterior. Estamos a investir neste momento 5 milhões de euros também na rede de esgotos (...). A iluminação pública está em marcha… a iluminação pública LED. Era um compromisso que tínhamos estabelecido. Fizemos um concurso público. Desenvolvemos esse processo. É um processo moroso. Está a implementar-se neste momento no terreno e penso que lá para abril/maio o processo deve estar concluído”.

 

Joaquim Couto afirmou também o que quer devolver o espaço urbano principalmente aos peões, tentando “retirar as concentrações dos carros no centro da cidade, por causa das alterações climáticas”, afirma.