Rorizense sonha 'alto' com o projeto 7 Cumes
Humberto Martins tem como objetivo escalar o cume mais alto de cada continente e o seu caminho já começou.
Tem 51 anos, é de Roriz e tem um feito em mente: alcançar o topo do mais alto cume de cada continente. Humberto Martins prepara-se para colocar o seu nome, e o de Santo Tirso, na história dos desportos de escalada de montanha.
A jornada de Humberto passará pelas seguintes montanhas: Monte Kilimanjaro (África), Aconcágua (América do Sul), Evereste (Ásia), Maciço Vinson (Antártida), Denali (América do Norte), Elbrus (Europa) e Puncak (Oceania).
O projeto 7 Cumes já se encontra em marcha, com o cume de Kilimanjaro alcançado e o de Aconcágua em processo.
Em declarações à Santo Tirso TV, Humberto Martins abordou o projeto, as dificuldades encontradas e a vertente solidária proveniente do apoio dado à CAID.
Santo Tirso TV: Como surgiu a vontade de se desafiar com este projeto?
Humberto Martins: Tenho uma atração antiga pelas montanhas. Sempre sonhei escalar algumas delas, mas ainda não me sentia preparado para tal aventura. Sempre que passava, desde miúdo, por alguma montanha questionava-me como seria subir e ver as coisas lá de cima. Pessoalmente, nunca tinha embarcado num projeto tão ambicioso e grande. Nunca é tarde para realizarmos os nossos sonhos.
STTV: Por onde passou a preparação para estas escaladas? Foi o medo um fator tomado em consideração?
HM: Sim, foi. Escalar estas montanhas obriga a muita preparação, tanto física como mental. Tenho diversos medos e receios, penso que todos nós os temos. De facto, preparação para aceitar um projeto destes tendo vertigens torna-se complicada, tem a ver com treino em montanha e enfrentar os mesmos. Mentalmente, aos 51 anos, penso estar ciente que não posso adiar mais alguns sonhos. A realização dos mesmos e o prazer que temos ao conseguir, supera todos esses medos.
STTV: Que dificuldades tem sentido nestas primeiras fases do desafio?
HM: O último dia no Monte Kilimanjaro, a ascensão ao cume, foi, naturalmente, o mais difícil. Baixo nível de oxigénio, cansaço da expedição e estar muito longe da família forma talvez o conjunto das piores coisas desta experiência.
STTV: Consegue desenvolver um pouco a ideia por detrás da vertente solidária do projeto 7 Cumes?
HM: Desde há muitos anos que angario valores para associações de cariz social, nos vários eventos que organizei, e decidi manter esse pensamento no 7 Cumes.
STTV: De que modo podem as pessoas acompanhar a sua jornada?
HM: Neste momento podem pesquisar em três redes sociais: Facebook (7 Cumes - Humberto Martins), Instagram (7cumes_humberto_martins) e Youtube (7cumes - Humberto Martins). Tentarei, todos os dias, colocar o maior número de vídeos e fotos da expedição possíveis.
Por David Braga
Foto: Facebook/7 Cumes (Humberto Martins)