Mark Zuckerberg diz que quer proteger eleições em todo o mundo
Depois do estranho caso Cambridge Analytica que envolveu a empresa britânica de análise de dados e o Facebook, o dono da maior empresa de redes sociais do mundo promete proteger eleições em todo o mundo.
O Facebook terá indevidamente partilhado informações dos seus utilizadores um pouco por todo o mundo tendo o caso ganho recentemente contornos mais obscuros quando a empresa Cambridge Analytica divulgou informações importantes sobre os votantes norte-americanos por altura do sufrágio para a eleição do presidente dos EUA.
O vencedor, haveria de ser aquele que é provavelmente o homem mais polémico do momento, Donald J. Trump, mas agora Zuckerberg, depois de ter sido iniciada uma investigação contra a sua empresa, diz querer ajudar a melhorar a democracia.
O co-fundador do Facebook, que já teve também múltiplos processos por alegadamente ter roubado a ideia da rede social a dois irmãos gémeos, Tyler e Cameron Winklevoss, segundo órgãos de comunicação social de todo o mundo estará, nesse sentido, a caminho de Washington.
Mark Zuckerberg seguirá para duas audições que decorrerão ainda esta semana e terão como tópico principal o papel da rede social na política. Em relação aos casos passados de promiscuidade entre o Facebook e empresas de análises de dados e consequentemente outras de estratégia política, o americano assume a sua parte de culpa.
“O erro foi meu, e peço desculpa. Eu comecei o Facebook, eu mando no Facebook, e eu sou responsável pelo que acontece aqui”, pode ler-se na página do discurso preparado por Zuckerberg e que foi partilhado segunda-feira pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Zuckerberg pronunciava-se essencialmente sobre a influência russa nas eleições presidenciais de 2016 e o caso recente com a Cambridge Analytica – que obteve dados de até 87 milhões de utilizadores, sem autorização, entre os quais 63 mil portugueses. Os dados dos votantes americanos foram usados em campanhas de manipulação política e que segundo muitos experts terá contribuído em muito para a vitória mínima presidencial de Donald Trump, nos EUA.
Zuckerberg já elencou o algumas propostas para precaver novos problemas. De acordo com o multimilionário nos criadores de aplicações vão ter de assinar contratos em que são obrigados a solicitar de uma forma claramente aos seus utilizadores para aceder às suas publicações e dados (algo que em teoria já aconteceria no passado).
A fortuna de Mark Zuckerberg, que entretanto sofreu perdas pesadas, continuam nuns números voluptousos de cerca de 60 mil milhões de euros. As ações do Facebook desde que esta empresa está cotada no NASDAQ em 2012, dispararam até aos dias de hoje de um valor de 38 dólares cada para um valor de 159 dólares na atualidade, isto embora tenha tido recentemente tido uma queda significativa motivada pelo caso ´Cambridge Analytica`.