Presidente da Easyjet baixa o seu próprio salário em nome da igualdade
O novo CEO da Easyjet iria ganhar mais 38 mil euros anuais do que a anterior directora-executiva, que esteve sete anos à frente da transportadora aérea low cost. A redução salarial de Lundgren surge depois de seis apresentadores da BBC terem tomado uma decisão similar.
O novo presidente-executivo da transportadora aérea Easyjet, Johan Lundgren, decidiu cortar o seu salário, de forma a que o seu vencimento mensal seja o mesmo da sua antecessora, Carolyn McCall, que esteve sete anos à frente da empresa. Quando foi convidado para o cargo, que assumiu no início de Dezembro, Lundgren foi premiado com um salário mais alto do que a anterior presidente-executiva. A notícia da decisão do novo líder da Easyjet foi dada nesta segunda-feira pela própria companhia aérea, referindo que o objectivo de Lundgren é combater a desigualdade salarial entre homens e mulheres.
O salário inicial de Johan Lundgren é de 740.000 libras, o equivalente a cerca de 840 mil euros anuais. O de Carolyn McCall, na altura em que saiu da empresa, era de 706 mil libras mensais, o equivalente a 802 mil euros — menos 38 mil euros do que iria receber o novo CEO. Um porta-voz da companhia aérea low cost disse que esta diferença servia para garantir que tinham “o candidato certo”, sendo que o “salário reflectia a sua experiência e o seu salário anterior”. No local onde trabalhava antes, a operadora turística Tui, Lundgren ganhava cerca de 875 mil euros.
“Na Easyjet, estamos empenhados no compromisso de garantir remunerações iguais e as mesmas oportunidades para mulheres e homens. Quero aplicar esta filosofia a todos os colaboradores e, para mostrar o meu compromisso, pedi ao Conselho de Administração uma redução do meu salário para igualar o da Carolyn quando ela estava na Easyjet”, anunciou Lundgren, num comunicado enviado às redacções.
Segundo o Financial Times, a companhia aérea britânica tem uma disparidade salarial de 52%, uma das mais altas do país (sobretudo em grandes empresas) – mas a empresa explica que esta desigualdade se justifica pelo maior número de pilotos homens, que ganham mais do que a tripulação de cabine e outros funcionários. Só existem seis mulheres CEO na lista das 100 maiores empresas do Reino Unido.
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