Personalidades Islâmicas ameaçam Israel com Intifada
No seguimento do reconhecimento de Donald Trump de Jerusalém como capital de Israel, não faltaram críticas por parte de personalidades muçulmanas, que acreditam que a decisão americana irá instigar mais o ódio do povo islâmico contra Israel.
O reconhecimento de Donald Trump de Jerusalém como capital de Israel está a criar controvérsia na comunidade muçulmana. Mohamad Yavad Zarif, ministro dos negócios estrangeiros do Irão fala numa possível intifada, por aquilo que considera ter sido uma “provocação” e uma “decisão sem sentido”.
Esta medida por parte do governo americano, segundo Zarif, “impulsionará um comportamento mais radical, mais raiva e violência”, alega, prevendo uma revolta popular.
O movimento radical islâmico Hamas apelou hoje também a uma rebelião contra a decisão do presidente dos EUA. Ismail Haniyeh fala de uma política sionista por parte dos Estados Unidos, ou seja, uma defesa por parte da administração liderada por Trump de um estado israelita nas terras que outrora, antes da II Guerra Mundial, faziam parte da Palestina.
“Só podemos enfrentar a política sionista – apoiada pelos Estados Unidos – lançada pelos Estados Unidos – lançando uma nova Intifada”, disse Haniyeh na Faixa de Gaza”.
Erdogan, presidente da Turquia, também criticou Trump. “Fazer isso é lançar a região para um círculo de fogo”, teceu em Ancara. “Os líderes políticos não estão lá para agitar as coisas, mas antes para as pacificar", prosseguiu.
Jerusalém é vista como uma cidade santa para três religiões (Judaísmo, Islamismo e Cristianismo), e é atualmente considerada a capital de dois países: Palestina e Israel.
A “Cidade Santa” esteve envolta durante vários séculos em conflitos sangrentos por motivos religiosos e políticos, quer durante as guerras romano-judaicas, quer durante as cruzadas, quando em 1099, Jerusalém foi conquistada pelos europeus, quer mais tarde com a invasão do império Otomano em 1517, e em 1948 até aos tempos de hoje, com a declaração de independência de Israel na antiga Palestina, após a expedição de judeus para aquele território.