As autoridades britânicas revelaram que a explosão desta manhã na estação de metro de Parsons Green, em Londres, foi qualificada como um incidente terrorista, provocado por um engenho explosivo artesanal. Há registo de pelo menos 22 feridos mas nenhum corre risco de vida, adiantam os serviços de emergência de Londres. O mayor de Londres, Sadiq Khan, adiantou que está "a decorrer uma caça ao homem", sem revelar se já foram identificados suspeitos, mas a Scotland Yard confirmou que ainda não foi feita qualquer detenção — mais tarde, a Sky News noticiou que foi identificado um suspeito envolvido no ataque, com a ajuda das imagens de videovigilância.

A explosão ocorreu por volta das 8h20 numa das últimas carruagens de uma composição que estava parada na estação, provocando queimaduras em alguns passageiros que se encontravam mais próximos do local. A polícia britânica evacuou a zona de Parsons Green e recomendou, no Twitter, que sejam evitadas deslocações àquela área.

No final da reunião de emergência convocada pela primeira-ministra britânica para o início desta tarde, May referiu que haverá um reforço policial em Londres depois do ataque "covarde" que "pretendia causar danos graves". Em resposta ao tweet do Presidente norte-americano Donald Trump (que depois de condenar o ataque referiu que a polícia já tinha os suspeitos na mira), a primeira-ministra britânica diz que não é útil que se especule sobre a investigação em curso.

Anteriormente, Theresa May tinha manifestado a sua solidariedade com os feridos e elogiou os serviços de emergência que reagiram "com coragem a este incidente terrorista", elogio feito também por Khan.

Além das queimaduras faciais, várias testemunhas dão conta de que houve uma debandada nos momentos seguintes à explosão, o que terá provocado também ferimentos nalgumas pessoas. Uma testemunha disse à Reuters que os passageiros tentaram sair todos pela mesma porta, atropelando-se uns aos outros.

Uma passageira explicou à BBC que ouviu uma explosão pouco tempo antes de ver "uma parede de chamas" que causou ferimentos e queimaduras a quem se encontrava à sua frente. O pânico instalou-se nesse momento, conta ainda a testemunha, com os passageiros a saírem apressadamente das carruagens do metro, a gritar e a chorar.

O comissário da Scotland Yard Mark Rowley, responsável pela unidade contraterrorismo, explicou que a explosão teve origem na detonação de um engenho explosivo improvisado e pediu a todos os cidadãos que tenham fotografias ou informação sobre o incidente que as partilhem com as autoridades. As autoridades acreditam que o dispositivo utilizado não detonou totalmente e, segundo a Sky News, incluiria um temporizador.

Nas redes sociais, há várias fotografias que mostram não só o ambiente vivido perto da estação, mas também imagens do suposto engenho – um balde branco dentro de um saco térmico de supermercado, de onde saem alguns fios, junto a uma das portas da carruagem, que não aparenta ter sofrido grandes danos.

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