Estado Islâmico reinvindica atentado em Barcelona
Depois de um violento ataque em Las Ramblas, uma das zonas mais frequentadas de Barcelona, cinco terroristas foram abatidos no seguimento de um possível ataque em Cambrils, uma estância turística dentro da área urbana da cidade.
O grupo jihadista "Estado Islâmico" já assumiu a autoria do atentado ocorrido no dia de ontem em Barcelona, em Espanha que causou a morte de 13 pessoas e 80 feridos, informou a agência de notícias Amaq, que possui ligações próximas a aquele grupo terrorista.
Uma carrinha avançou contra pedestres em ziguezague na avenida Las Ramblas.
O motorista escapou e não se sabe ainda se estava entre os cinco suspeitos mortos pela polícia noutro incidente ocorrido na madrugada desta sexta-feira em Cambrils, a pouco mais de 100 quilômetros de Barcelona.
Num breve comunicado, cuja autenticidade não pôde ainda ser confirmada, o Estado Islâmico disse que "uma fonte de segurança afirmou à Amaq que os autores do ataque de Barcelona são soldados do Estado Islâmico". Segundo a publicação, a ação terrorista terá acontecido "em resposta aos chamamentos do grupo para atacar os países da coligação", dizem numa referência à aliança internacional liderada pelos Estados Unidos e que atua contra jihadistas no Iraque e na Síria.
Até agora, foi preso pelo menos um suspeito de participar do ataque, identificado como Driss Oukabir, que em 2012 passou um mês na penitenciária de Figueras, na província de Girona, na Espanha, em regime preventivo.
Este homem já tinha sido acusado de abuso sexual, conforme as fontes de investigação disseram à Agência EFE.
Oukabir, de origem norte-africana, tinha residência permanente em Espanha, o que significa que vivia há pelo menos cinco anos no país.
O ataque de Barcelona é o pior atentado do género em Espanha desde que 190 pessoas morreram em Atocha, num ataque numa estação de comboios de Madrid, em 2004.
O ataque é o último de uma série de atentados semelhantes ocorridos nos últimos 13 meses em diferentes cidades europeias, como Nice, Berlim, Londres e Estocolmo.
Imagem: Reuters