O DJ tirsense que ecoa nas pistas de dança pelo mundo
Chama-se João Pereira, mas é mais conhecido no mundo da música por MINDSKAP e está prestes a ser anunciado no top 3 da Billboard Dance Club, tabela semanal das canções mais populares dos Estados Unidos.
O feito está a ser conseguido com um remix do novo single dos U2 "Love is bigger than anything", um projeto que o surpreendeu algures o ano passado. "No final do ano passado foi-me confidenciado pelo meu manager que havia um projeto em cima da mesa com a possibilidade de remisturar o novo single de uma grande banda, mas por uma questão de sigilo, só vim a saber depois do Natal que se tratava dos U2", afirma.
Estar no topo destas tabelas não é aliás uma novidade para MINDSKAP. O DJ tirsense já esteve no topo desta tabela com o remix de "Ghosttown" de Madonna, um feito que tudo indica irá voltar a acontecer. "Existem conversas nos bastidores que dão a entender que com a ascenção que a música está a ter devemos chegar a número 1", prossegue.
MINDSKAP remisturou até agora músicos como Pet Shop Boys, Cher, Donna Summer. Apesar de ainda ser relativamente novo, está a ter uma carreira cheia de momentos altos. Em conversa com a Santo Tirso TV João Pereira não esconde o contentamento neste último projeto, que teve um feedback positivo por parte da banda irlandesa.
"Não faço ideia se foi o Bono ou o The Edge que gostou mais, o que é certo é que gostaram e foi oficializada pela banda. Isso deixa-me muito feliz porque abre sempre uma janela de possibilidade para voltar a fazer mais num futuro próximo", afirma, mantendo a humildade.
"Gostava de enaltecer o facto que não sou eu que estou no Top 5, mas sim todos os artistas que colaboraram com remixes oficiais desse single dos U2". No entanto, "fica sempre aquele sentimento de missão cumprida por estar contribuir para um projeto que está a ter este sucesso", afirma.
MINDSKAP começou no mundo da música há mais de uma década em festas de escolas e em pequenos bares, e desde então tem atuado em palcos cada vez maiores, alternando o seu estilo musical entre o House Music e o Techno, isto embora não goste de rotular o seu género.
"Não é fácil definir o que faço porque faço sempre coisas diferentes, mas geralmente viajo entre o House e o Techno... às vezes mais melódico, outras vezes tribal, mas sempre com um toque de progressivo, o que sempre preservou a minha identidade", refere. "Isso é fruto das influências que fui 'bebendo' no início da decada de 2000", diz o tirsense, realçando alguns nomes que os inspiraram como "DJ Vibe, Rui da Silva, Maurel & Fauvrelle, Pete Tha Zouk, Carlos Manaça e até artistas internacionais com quem tive a oportunidade de trabalhar", tais como Eddie Amador, Chus & Ceballos, Deep Dish, Peter Rauhofer, entre outros.
E em relação ao futuro? "Não gosto muito de fazer planos porque geralmente esse tipo de coisas não corre bem. Vivo um dia de cada vez e prefiro falar das coisas que já estão feitas ao invés de falar do que ainda está por vir. Mas posso adiantar uma remistura para uma das minhas bandas favoritas até ao final deste ano", assegura.